Em conferência proferida na Universidade de Petróleo da China, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, apresentou o potencial da exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil como possibilidade nova e promissora para a ampliação da parceria estratégica Brasil-China. A conferência, cuja receptividade superou as expectativas, fez parte da programação da viagem oficial à China encerrada na última sexta-feira.
Haroldo Lima frisou para professores e estudantes da Universidade e autoridades presentes que as possibilidades de cooperação Brasil-China no setor de petróleo e gás natural crescem diante das perspectivas surgidas com as descobertas no pré-sal em áreas de baixo risco exploratório e alto potencial.
Nessas áreas, de acordo com o diretor-geral da ANP, a taxa de sucesso da exploração situa-se entre 87 e 100%, dependendo de sua localização. Os indícios de volume recuperável são de cerca de 50 bilhões de barris e o óleo encontrado é leve e de boa qualidade, mas, os desafios do desenvolvimento e da produção exigem grandes investimentos e intercâmbio tecnológico, para os quais a China pode ser parceira estratégica do Brasil.
Haroldo Lima observou que, apesar de a parceria estratégica entre o Brasil e a China existir desde 1993, "somente a partir do ano passado petróleo e gás começam a participar do extraordinário aumento dos negócios bilaterais ocorrido nos governos dos Presidentes Lula e Hu Jintao". Ele ressaltou que os negócios do setor ainda respondem por apenas 7,2% dos US$ 36 bilhões alcançados, em 2009, no comércio sino-brasileiro, que cresceu mais de 400% desde 2003".
O diretor-geral, ao explicar o papel da ANP na regulação, contratação e fiscalização das atividades do setor, informou que, para áreas do pré-sal não concedidas, o Congresso Nacional está debatendo a adoção do contrato de partilha da produção e que para as áreas de elevado risco exploratório e potencial variado estão mantidos os contratos de concessão.
Haroldo Lima também aproveitou a conferência para expor a bem sucedida experiência do Brasil na produção e uso de biocombustíveis, desde o uso comercial do etanol, que superou o consumo de gasolina em 2009, até a mistura de percentuais crescentes de biodiesel em todo o óleo diesel comercializado no país, hoje fixada em 5%.
Em reunião depois da conferência com os dirigentes da Universidade, Haroldo Lima, acompanhado de delegação da ANP, examinou possibilidades de incentivar os intercâmbios com instituições brasileiras de ensino e pesquisa, inclusive ao amparo do Programa de Recursos Humanos da ANP - PRH/ANP, para a formação de mão de obra especializada para a indústria do petróleo, gás e biocombustíveis.
Atualizado em 05/04/2010 18:27:41 ANP.
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